quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Conheça os 12 sapos mais venenosos do mundo



12. Phyllomedusa bicolor


Esse sapo extremamente interessante, também conhecido como “sapo macaco”, secreta um veneno relativamente leve que pode provocar uma variedade de efeitos, desde a sedação e as perturbações gástricas até as alucinações. Por incrível que pareça, algumas tribos indígenas da Amazônia utilizam-no em si. Os índios aplicam o veneno em queimaduras ou em outras feridas na pele com o objetivo de ganhar um sentimento de refresco, assim como alguns efeitos alucinógenos. Simplificando, esse é um sapo que pode te deixar nas alturas. Ele é um animal ameaçado pela biopirataria, pois as suas toxinas podem ser usadas para o tratamento da AIDS e do câncer


11. Dendrobates tinctorius


O terceiro maior sapo dos mais venenosos, com aproximadamente 5 centímetros, ele usa o veneno para auto-defesa e pode vir em várias cores e padrões diferentes. O que é realmente único sobre o tingimento desse animal é o modo de como algumas tribos indígenas da Guiana usam-no. Os sujeitos massageiam a pele de papagaios jovens com o sapo e o efeito de sua toxina faz com que as penas dos pássaros cresçam em cores diferentes. O veneno também é usado para propósitos de caça.


10. Ranitomeya reticulata


O segundo mais venenoso sapo em seu gênero, o veneno desse animal é considerado “moderado”. Mas isso não significa que você pode pegá-lo tranquilamente, pois ele pode causar sérios ferimentos a humanos, além de ser capaz de matar animais, como galinhas. A sua peçonha é armazenada em glândulas da sua pele e serve como o segundo plano para os predadores que desrespeitam as suas cores de aviso. Provavelmente, ela deriva das neurotoxinas das formigas das quais ele se alimenta.


9. Oophaga pumilio


Com sua brilhante pele vermelha, esse pequeno sapo, nativo à América Central, é uma das mais bonitas espécies listadas aqui. Seu veneno é incrivelmente tóxico, causando inchaço e sensação de queima, mas ainda é relativamente fraca comparada ao do gênero Phyllobates, por exemplo. A sua peçonha é obtida a partir da dieta baseada em ácaros. Pesquisadores encontraram que, assim como as formigas, essas espécies de aracnídeos são a fonte de vários alcaloides tóxicos encontrados na pele do sapo. Isso significa que a biodiversidade no habitat do indivíduo afeta o caráter tóxico do seu veneno – assim como a habilidade de se prevenir de predadores. Portanto, os programas de conservação devem levar em conta não apenas o sapo em si, mas também os aracnídeos responsáveis pelo seu sistema de auto-defesa.
8. Dendrobates azureus


Esse sapo corcunda azulado talvez não seja tão tóxico quanto os do gênero Phyllobates, mas isso não significa que ele não seja perigoso. O animal pode paralisar e/ou matar qualquer predador que ignore as sua coloração de aviso, inclusive o homem: 2 mg do seu veneno é o suficiente para ser fatal, e a criatura pode ter muito, mas muito mais quantidade do que essa em seu corpo. Entretanto, assim como muitos, esse sapo, nativo da América do Sul, não é venenoso se privado de sua dieta.
7. Phyllobates lugubris
Esse adorável sapo listrado é o menos tóxico do gênero Phyllobates, mas ainda pode produzir toxinas poderosas. Mesmo assim, a quantidade de veneno produzida é nada mais que 0,8 mg, mas pode causar ataques cardíacos em predadores que tentarem o comer.


6. Phyllobates vittatus

Esse sapo extremamente colorido é o quarto mais tóxico do gênero Phyllobates e contém uma menor quantidade de veneno armazenada se comparado aos outros animais que estão acima da escala de toxicidade. Mesmo assim, é seriamente tóxico, com um veneno que pode causar uma dor excruciante, convulsões e até paralisia. Tem sido relatado que degustar esse sapo leva à sensação “persistente de dormência na língua, seguida por uma sensação desagradável de aperto na garganta”. Estamos quase certos que isso é apenas o começo de uma série de sintomas.


5. Ranitomeya variabilis


Essa é uma espécie que vive em florestas chuvosas do Equador e do Peru e é a mais tóxica do seu gênero, com secreções que podem causar a morte de cinco humanos. A sua coloração malhada pode ser bonita, mas a mensagem é simples: “fique longe de mim!”.


4.  Epipedobates tricolor



Esse é um indivíduo extremamente pequeno, mas a sua toxina desmente a sua dimensão. Menor que 2,5 centímetros em alguns casos, ele tem um “soco” incrivelmente poderoso. Seu veneno pode facilmente matar predadores naturais ou humanos, devido a um analgésico 200 vezes mais forte do que a morfina – chamado de epibatidina –, desenvolvido por ele. Devido ao seu risco de extinção, o sapo está sendo mantido em cativeiro por cientistas que buscam manter a espécie. Luvas e máscaras faciais são obrigatórias!
O Aquário Blue Reeftem tido sucesso na criação do indivíduo. Jenna MacFarlane, funcionária do Aquário diz: “Embora ele tenha características fatais, espera-se que o seu veneno possa, um dia, ajudar a salvar vidas”. A epibatidina é dita como um composto menos viciante e com menos efeitos colaterais que a morfina.



3. Phyllobates aurotaenia

O Phyllobates aurotaenia é o menor dos três sapos mais tóxicos do gênero Phyllobates. Assim como as suas espécies irmãs, ele secreta batracotoxinas extremamente potentes por sua pele. O veneno tem caráter ácido em seus efeitos, que incluem uma dor insuportável, febre, convulsões e paralisia. Até agora, não houve nenhuma confirmação de morte em humanos, mas suspeita-se. Para obter o veneno, tribos de florestas colombianas matam o sapo com uma estaca e o coloca em cima de um fogo, para que as toxinas venham à superfície do seu corpo e, possivelmente, sejam usadas em pontas de flechas.
2. Phyllobates bicolor

O segundo sapo mais tóxico do mundo é encontrado no oeste da Colômbia. É pouco menor que o Phyllobates terriblis e sua toxina não é tão forte, porém, ainda é letal. Apenas 150 µg (ou 0,15 mg) do veneno é preciso para matar um humano, e mortes já foram confirmadas. A peçonha causa febre, dor excruciante, convulsões e, finalmente, o óbito por paralisia muscular e respiratória.
Apesar de ser extremamente venenoso, é um pai extremamente protetor: carrega os girinos nas costas, presos por um muco. Enquanto as suas costas servem de abrigo para os seus filhos, as suas cores avisam aos predadores de que ele não é um bom alimento.
1. Phyllobates terribilis
Nativo da costa Pacífica da Colômbia, esse lindo, mas fatal, sapo é um dos mais venenosos animais do planeta. É pequeno o suficiente para caber na palma da sua mão (mas pegá-lo seria última coisa que você iria querer fazer), mas tem um veneno que pode matar de 10 a 20 homens, ou dois elefantes africanos. Existem rumores de que esse sapo acabou com a vida de pessoas que ousaram tocá-lo, enquanto galinhas e cachorros morreram pelo contato com uma toalha de papel que o anfíbio apenas passou por cima.
O seu veneno é uma batracotoxina que mata através do bloqueio dos impulsos nervosos, contraindo os músculos e, por fim, causando parada cardíaca. Ele é usado por algumas tribos para flechas envenenadas, que podem ficar com o caráter tóxico por até dois anos, sem precisar que suas pontas sejam renovadas com mais veneno.
Se você ver esse lindo sapo em cativeiro, terá menos motivos para se preocupar, pois eles precisam de compostos químicos adquiridos de insetos que eles comem para produzir o veneno. Entretanto, as suas toxinas não se deterioram facilmente (considerando um animal selvagem que foi levado para o cativeiro), então é melhor manter distância.


BÔNUS: Sapo Corroboree

Esses sapos são encontrados em áreas subalpinas da Austrália e são facilmente reconhecidos por suas listras amarelas e pretas. Ao contrário de todos os sapos dessa lista, ele pode produzir boa parte do veneno por si mesmo, sem precisar de fontes, e foi o primeiro vertebrado descoberto que pode fazer isso. O restante da peçonha é produzido pela dieta, baseada em insetos. Criticamente em perigo de extinção, em razão da seca e da destruição de seu habitat, esse lindo anfíbio deve ser o objeto de muitos projetos de conservação.


Fonte: Climatologia Geográfica

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