sábado, 25 de fevereiro de 2017

Goleiro Bruno deixa prisão após conseguir habeas corpus no Supremo

No início da noite desta sexta-feira (24), o ex-goleiro do Flamengo, Bruno, deixou a prisão após conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, emitido na última quinta-feira (23), e protocolado pelo ministro Marco Aurélio Melo. 
Bruno estava preso em Belo Horizonte, condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver da modelo Eliza Samudio, que, segundo as investigações, foi morta em 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O goleiro foi preso preventivamente em 2010, e a condenação aconteceu em março de 2013.

Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão acusado da morte da modelo Eliza Samúdio
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão acusado da morte da modelo Eliza Samúdio

Após um relacionamento com Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela desapareceu no mesmo ano e seu corpo nunca foi achado. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. 
A assessoria do STF informou que o ministro Marco Aurélio Mello entendeu que Bruno tem direito a responder em liberdade enquanto aguarda o resultado dos recursos à condenação. Contudo, a decisão não se aplica a outras eventuais condenações que o jogador esteja sujeito. 
Na decisão, Marco Aurélio destacou que Bruno encontra-se preso há 6 anos e 7 meses sem que tenha sido condenado em segunda instância, motivo pelo qual deve ser solto para que recorra em liberdade.
“Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória”, escreveu o ministro do STF.
Segundo o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, o jogador deve deixar a prisão ainda nesta sexta-feira (24). "Ele está preso exclusivamente em face do processo pela morte de Eliza. Só advogado neste caso, mas tenho conhecimento que já houve o cumprimento referente à condenação no Rio", disse Adolfo. 

(Jornal do Brasil)